Boa noite, segue no post a entrega numero 3.
Para a terceira entrega -Demo técnica e Demo Gráfica, achamos necessário dividi-la por dois post referente aos dois pontos da entrega.
Nesta etapa o nosso objetivo foi demonstrar como será a interação do utilizador nas plataformas de difusão do documentário, como funcionará a integração entre essas plataformas, demonstrar como pretendemos visualmente o nosso documentário, quais as opções técnicas a tomar, etc. Além disso realizamos a pesquisa preliminar – recolha de mais informação sobre o tema, e a estrutura provisoria.
Demo Gráfica e Técnica – Documentário
Na demo gráfica/técnica do nosso documentário, optamos por fazer um pequeno clip de vídeo que serve estas duas componentes. O objetivo foi demonstrar a perspetiva que temos em relação aos tipos de planos que pretendemos usar, como ambicionamos as cenas visualmente, como será o tipo de edição tanto ao nível de transições, como de efeitos e contextualização dos intervenientes na ação através de infografias simples.
Para tal, criamos uma pequena narrativa contextualizando os elementos do grupo, o seu contexto académico, o tema de trabalho e o porque da realização do mesmo.
A quando da pré-produção deste clip, realizamos um pequeno guia dos planos que pretendíamos utilizar, sendo que serão semelhantes aos que usaremos no nosso produto final. Nesse mesmo guia, colocámos ainda a estrutura inicial que pensámos para sequenciar as filmagens na pós-produção.
Figura 1- Pequeno guia.
Posteriormente, passamos à fase da produção: as gravações. Utilizamos câmara, tripé, microfone externo e projetores, material fornecido pelo departamento.
Figura 2 - Projetor utilizado
Figura 3 - Câmara e tripé utilizados
As gravações foram efectuadas no formato HDV e gravadas numa cassete na camara , a captação do áudio foi realizado através do microfone interno da câmara e, em algumas situações, como gravações no exterior, utilizámos um microfone externo à camara para captar o som na direção do que estavamos a filmar. Optamos por utilizar o microfone interno da camara em grande parte das gravações pois perante as opções disponibilizadas pelo departamento e algumas das opiniões que nos foram dadas, achamos a melhor opção.
Figura 4 - Microfone externo utiliiizado
Passádas as gravações ies que chega a pós-produção. Para podermos editar o clip foi necessário converte-lo para formato digital, realizamos a conversão através do Adobe premiere para o formtao mpeg .
Figura 5 - ilustração da importação do vídeo
Após a conversão , passamos à edição , realizamos os cortes necessários para sequenciar a acção da forma que tinhamos previsto,(a nossa sequencia foi um pouco alterada pois na transição do papel para a montagem percebemos que existiam soluções melhores que aqueles que inicialmente tinhamos concebido), aplicamos efeitos de transição, e efeitos ao video .
Figura 6 - Ilustração dos cortes feitos no clip original
Figura 7 - Ilustração dos efeitos de transição utilizados.
Figura 8 - Ilustração dos efeitos aplicados no vídeo.
Para além deste itens , colocamos ainda infografias para a contextualização do clip e dos intervenientes. Optamos por colocar essas infografias no Adobe premiere pois não obtivemos bons resultados no Adobe afecter effects , não possuiamos conhecimentos soficientes neste software e não conseguimos produzir o que esperavamos , no entanto continuamos a trabalhar no programa para posteriormente ser possivel a sua utilização correcta e produtivamente .
Figura 9 - Ilustração da inserção de inforgrafias.
Relativamente ao tratamento de som utilizámos o Nuendo, programa que já havíamos referido na lista de requisitos funcionais . O primeiro passo para a edição é a importação do ficheiro para o programa.
Figura 10 - Ilustração da importação do ficheiro.
Após a importação, aplicamos o plugin denoise para retirar o ruido ao som, além disso uniformizámos.
Figura 11 - Ilustração do tratamento do som.
De seguida, aplicámos alguns efeitos no som ambiente que importámos , por exemplos: fade in, fade out .
Figura 12 - ilustração da aplicação do fade in
Figura 13 - ilustração da aplicação do fade in out
Figura 14 - ilustração da aplicação da redução do volume no som.
Após toda a edição do video , exportamo-lo em dois formatos : .avi e.flv. Um com mais qualidade logo mais pesado , e outro com um pouco menos de qualidade mas mais leve para que possamos coloca-lo nas nossas plataformas sem dificuldade , este foi exportado com p codec On2 VP6.
Figura 15 - Ilustração da exportação do vídeo no formato avi
Figura 16 - Ilustração da exportação do vídeo no formato flv
Segue o clip que elaboramos:
A quando da ultima reunião com o nosso orientador definimos uma estrutura:
• Pesquisa preliminar
• Estrutura provisória
• Trabalho de campo
• Guião Provisório
Para esta semana a meta que estabelecemos foi a construção da pesquisa preliminar e a estrutura provisória. Segue em anexo o nosso trabalho.
Pesquisa preliminar:
Durante estas duas semanas de trabalho, realizamos uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema do nosso documentário – crianças com necessidades educativas especiais (NEE). Para tal, para além da investigação através de documentos e programas relacionados, decidimos “ir para o terreno” e falar com algumas pessoas que lidam com NEE:
• Pais;
• Professor;
Todas as conversas foram informais, pois o principal objetivo era perceber quais as dificuldades com que estas pessoas se deparam ao lidar com estas crianças, o que é diferente, quais as barreiras que a sociedade coloca, entre outros.
Os pais entrevistados têm um filho com Hiperplasia Congénita da Supra-Renal *. Embora seja uma deficiência que não é visível (pelo menos para já), mudou a vida deles e do filho logo depois do seu nascimento. A sua alimentação tem que ser altamente supervisionada, a dose de cortisona tem que ser tomada todos os dias à mesma hora e, caso isso não aconteça, traduz-se imediatamente no comportamento da criança que fica visivelmente agitada e agressiva.
A maior preocupação destes pais é quando o filho atingir a puberdade, uma vez que as crianças com esta deficiência têm um desenvolvimento precoce dos genitais externos e, nessa fase da sua vida, pode provocar-lhe um sentimento de diferença em relação aos outros rapazes da sua idade e pode também fazer com que seja motivo de gozo por parte dos colegas, o que é muito comum nessa faixa etária.
A conclusão que tiramos desta pequena conversa com estes pais é que as suas maiores preocupações assentam em como o seu filho vai aceitar o seu problema quando tiver idade para o compreender e como é que vai ser a sua passagem pela puberdade. O receio que ele seja excluído e gozado e não consiga lidar com isso, esteve presente em quase todo o diálogo. A nível cognitivo trata-se de um criança completamente normal apresentando até, um desenvolvimento acima da média. Isso só vem comprovar que o fato de ser uma criança com deficiência não significa que seja uma criança limitada a nível de aprendizagem. Além disso é uma criança extremamente divertida e sociável, que faz amizades com muita facilidade.
Conceitos-chave: integração, puberdade, exclusão, dependência.
O professor entrevistado pelo grupo trabalha com alunos do 1º e 2º ano do ensino primário e, tem na sua turma uma criança hiperativa e um autista, embora este último seja num grau pouco elevado.
Relativamente à criança hiperativa as principais dificuldades com que se depara na interação com a criança é o fato de esta estar constantemente distraída. Para conseguir mantê-la concentrada algum tempo num trabalho tem que criar uma forma diferente de realizar as tarefas para conseguir mante-la minimamente interessada. Além disso, como é uma criança muito ativa o seu comportamento em sala de aula não é o melhor, pelo que acaba por ser repreendida várias vezes.
No que diz respeito á criança autista, apesar de ser num nível baixo, isola-se bastante e tem bastantes dificuldades de aprendizagem. Quanto à interação com os colegas, enquanto a criança hiperativa faz amigos com facilidade e é bastante popular, a criança autista tem muita dificuldade em relacionar-se com os outros e muitas vezes é motivo de gozo por parte das outras crianças.
Uma das maiores “queixas” deste professor é a falta de apoio do ensino especial. Geralmente, crianças com este tipo de necessidades especiais necessitam de um acompanhamento diferente para que a sua aprendizagem seja a melhor. Contudo, naquela escola isso não se verifica pois são disponibilizado apenas duas horas por semana a este tipo de crianças. O professor em causa não concorda com essa situação pois sente que não consegue disponibilizar a estas duas crianças atenção suficiente para lhes proporcionar uma boa aprendizagem. Por outro lado, quando passa mais tempo com estes dois casos, tentando fornecer-lhes a atenção que precisam, acaba por prejudicar o resto dos seus alunos.
Conceitos-chave: exclusão, aprendizagem, falta de meios, falta de tempo.
Relativamente às pesquisas realizadas encontramos algumas referências bastante interessantes. A primeira delas foi um debate que ocorreu na TSF sobre a forma como as crianças com necessidades educativas especiais (NEE) são integradas nas escolas. Dão a sua opinião pais, professores, psicólogos, auxiliares e todos eles partilham da mesma opinião: há falta de professores especializados, psicólogos, terapeutas, etc. A questão principal que se levanta é: Em Portugal existe uma escola inclusiva? Para ouvir o debate basta clicar no seguinte link: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interio
Durante a investigação realizada, encontramos um site muito interessante, denominado REDEinclusão.
Trata-se de um projeto que “visa o desenvolvimento da inclusão educativa e social das crianças em jovens em situação de vulnerabilidade nomeadamente, os que vivem em condições de privação ou abandono, os que são portadores de deficiência ou doenças graves e prolongadas…”.1 Aqui encontramos alguns recursos que nos ajudaram a refletir e a formar a nossa opinião: um deles foi um documento sobre a promoção da educação inclusiva em Portugal (redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_45.pdf) e outro que retrata a escola como uma instituição que não se encontra preparada para receber crianças diferentes (redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_47.pdf).
Com esta pesquisa chegamos a várias conclusões mas, a mais importante de todas, é que o sistema de educação português ainda não está preparado para fornecer o ensino correto a crianças com necessidades educativas especiais. A verdade é que cada caso é um caso e é muito difícil responder da forma mais correta a todos eles, mas ainda existem muitas lacunas que têm que ser corrigidas. Ainda existe a ideia (errada) de que só quem sofre de uma deficiência “visível” é que tem direito a ter acesso a uma educação especial mas não é isso que se pretende.
Escolha do nome: Após uma sessão de brainstorming conseguimos chegar ao nome do nosso documentário: “Sou diferente e depois?”. Na nossa opinião, é um título que gera “discussão” e é apelativo.
No encadeamento do nome do nosso documentário, vem o pressuposto do mesmo, isto é, o seu objetivo. Com o desenvolvimento deste projeto pretendemos transmitir aos espetadores a noção de que as deficiências que algumas crianças têm, não as impedem de serem felizes e de se integrarem na sociedade. Contudo, também desejamos mostrar o lado menos feliz da questão, ou seja, as barreiras que estas crianças (bem como os seus pais e pessoas próximas) têm de ultrapassar todos os dias, tanto a nível social como a nível escolar.
Estrutura provisória:
Sinopse: Quais são as dificuldades sentidas por crianças com necessidades educativas especiais no seu dia-a-dia? Como é que os seus pais, professores e amigos acompanham a sua vida e os ajudam a ultrapassar os obstáculos com que se deparam? “Sou diferente e depois?” é um documentário que acompanha a vida destas crianças, recolhe opiniões dos intervenientes que participam na vida das mesmas e tenta encontrar um ponto em comum nas várias histórias. Mostrar que ser diferente não constitui um obstáculo para a felicidade e para o sucesso é o principal objetivo deste documentário.
Bibliografia:
redeinclusao.web.ua.pt/(consultado a 15/03/12);
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